Trump autoriza CIA a agir contra Maduro
By Josineide Gonçalves da Silva

Trump autoriza CIA a agir contra Maduro

Ofensiva dos EUA pode mudar cenário na Venezuela. Relatório aponta que operações secretas podem desestabilizar o governo venezuelano sob o pretexto de combate ao tráfico.

REDAÇÃO – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a CIA a executar ações que podem provocar a queda de Nicolás Maduro na Venezuela, segundo informações publicadas pelo jornal norte-americano The Washington Post.

O documento, classificado como confidencial, teria sido assinado na semana passada e concede à agência poderes para conduzir “operações agressivas” contra o governo venezuelano.

Fontes ligadas à Casa Branca informaram que o texto não menciona diretamente a derrubada de Maduro, mas libera medidas que podem resultar nesse desfecho. A iniciativa faz parte da movimentação militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, onde o governo americano afirma combater rotas de tráfico de drogas que seguiriam para o território norte-americano.

Nos últimos meses, os EUA deslocaram navios de guerra e caças para a região. Sete embarcações foram atacadas, com 32 mortos nas operações, segundo Washington. As autoridades afirmam que os alvos transportavam drogas. Já o governo venezuelano acusa os Estados Unidos de tentar invadir o país e enfraquecer suas forças armadas.

Operações militares e pressão psicológica

De acordo com o Washington Post, o plano de Trump prevê ataques terrestres em áreas isoladas da Venezuela, especialmente em acampamentos de traficantes e pistas clandestinas usadas por aeronaves.

Embora o foco declarado seja o combate ao narcotráfico, fontes próximas ao governo dizem que a ofensiva pode desestabilizar o exército venezuelano e criar pressão psicológica constante sobre o regime de Maduro.

A estratégia, segundo o jornal, busca desviar a atenção das forças venezuelanas para o litoral, enquanto os Estados Unidos intensificam a presença militar e o monitoramento aéreo. Trump teria dito em reuniões internas que pretende “deter os traficantes por terra”, o que indica um avanço gradual das operações.

Combate às drogas como justificativa

O Washington Post aponta que o discurso antidrogas pode ser apenas uma cobertura estratégica. A maioria das drogas que entram nos Estados Unidos não passa pelo Caribe — foco atual das ações —, mas sim pelo Pacífico e pelo México.

Apesar dos bombardeios e mortes confirmadas, o governo norte-americano não apresentou dados concretos sobre apreensões ou provas de que as embarcações atingidas levavam entorpecentes.

Nesta quarta-feira (22), pela primeira vez, um barco no Pacífico também foi bombardeado, ampliando o escopo das operações iniciadas em setembro. A imprensa americana vem relatando que o governo Trump considera ações militares diretas contra a Venezuela, com alvos ligados a cartéis de drogas.

Trump evita responder sobre eliminação de Maduro

Na semana passada, Trump declarou publicamente que autorizou as operações porque “a Venezuela tem enviado drogas e criminosos para os Estados Unidos”.

Questionado por repórteres se os agentes de inteligência teriam permissão para eliminar Maduro, o presidente preferiu não responder.

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  • 22 de outubro de 2025

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