Câmara decide suspender Glauber Braga por seis meses após tumulto com militante
Plenário rejeita cassação e aprova punição mais branda com 318 votos favoráveis.
A Câmara dos Deputados aprovou a suspensão por seis meses do mandato de Glauber Braga (Psol-RJ). O resultado foi de 318 votos a favor, 141 contrários e três abstenções. A decisão substitui a cassação recomendada pelo Conselho de Ética, após o PT apresentar emenda que propôs a punição alternativa.
O processo começou depois de Glauber ser acusado pelo partido Novo de quebrar o decoro parlamentar ao expulsar com empurrões e chutes o então integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, em abril do ano passado. A ação foi registrada em vídeo e usada como prova no Conselho de Ética.
Em sua defesa, o deputado afirmou que reagiu após perseguição e ofensas direcionadas à sua mãe, que enfrentava Alzheimer em estágio avançado. “Ação destemperada de quem aguentou por sete vezes consecutivas um provocador vindo atrás de mim nos espaços públicos e dizendo tudo o que disse de minha mãe”, afirmou Glauber Braga no plenário.
O parlamentar declarou que não se arrepende e disse que uma eventual cassação não teria relação com o episódio, mas com suas críticas ao uso de emendas parlamentares. Em outro trecho do discurso, questionou comparações com casos de outros deputados. “Do ponto de vista prático, Carla Zambelli já está cassada, porque já tem decisão do Supremo Tribunal Federal que retira seus direitos políticos, deputada presa na Itália pelos crimes cometidos”, disse.
A suspensão foi oficializada com a aprovação do Projeto de Resolução 86/25, já promulgado como Resolução 32/25.