Audiência pública discute balsa entre Brasil e Bolívia em Costa Marques
By Josineide Gonçalves da Silva

Audiência pública discute balsa entre Brasil e Bolívia em Costa Marques

Encontro reuniu autoridades brasileiras e bolivianas para debater travessia no Rio Guaporé e criação de porto sazonal entre Costa Marques e Conceição, no Beni.

REDAÇÃO – Uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (23), na comunidade de Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO), reuniu autoridades brasileiras e bolivianas para discutir a implantação de uma balsa e de um porto sazonal que ligará o município rondoniense à cidade boliviana de Conceição, no departamento do Beni. A proposta busca fortalecer o comércio, o turismo e a integração entre as comunidades de fronteira.

O encontro foi presidido pela deputada estadual Gislaine Lebrinha (União Brasil) e contou com a presença do deputado Ismael Crispin, do governador do Beni, Alejandro Unzueta, prefeitos da região, secretários estaduais e representantes da comunidade quilombola local. Para Lebrinha, a travessia é estratégica para o desenvolvimento regional: “Essa audiência é de extrema importância para discutirmos com as autoridades locais e regionais essa alternativa viável, bem como para ouvir a população sobre o melhor lugar para implantar esse porto sazonal”.

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Segundo a deputada, a ideia é iniciar o projeto com uma travessia por balsa e fiscalização aduaneira semanal ou quinzenal, evoluindo para uma fiscalização fixa e, futuramente, a construção de uma ponte internacional. O plano inclui a criação de um porto sazonal em cada margem do Rio Guaporé e prevê o desembaraço aduaneiro inicial em Ji-Paraná.

A líder quilombola Nucicleide da Paz Pinheiro, conhecida como Nunu, expressou as expectativas da comunidade com o projeto e destacou a disposição em colaborar. “A comunidade está pronta para ajudar no que for necessário”, afirmou, reforçando demandas por melhorias em educação, saúde e infraestrutura.

O defensor público Fábio Roberto alertou sobre a necessidade de atenção aos impactos da obra: “Não dá para avançar num projeto desta envergadura se não enfrentarmos estes desafios dos impactos negativos que esta travessia trará”. Ele defendeu a escuta da população e a participação de órgãos como o Iphan, o GSI e o Ministério Público Federal para evitar falhas na execução.

Ao encerrar o evento, Lebrinha agradeceu a presença das autoridades e da comunidade. “Vamos começar com a travessia de balsa, com o alfandegamento sazonal e num futuro breve, quem sabe, teremos a nossa tão sonhada ponte da integração, que unirá os povos brasileiros e bolivianos, promovendo desenvolvimento social, econômico e ampliando as oportunidades do turismo local”, concluiu.

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  • 24 de outubro de 2025

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