Inflação dos alimentos volta a cair em novembro e registra menor nível em 12 meses

Preço da comida em casa recua pelo sexto mês seguido e alivia pressão no orçamento das famílias

O custo dos alimentos consumidos em casa caiu 0,2% em novembro, marcando a sexta redução consecutiva no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10). A inflação geral fechou o mês em 0,18%, voltando para o limite da meta definida pelo governo.

Com o resultado, a inflação da alimentação no domicílio acumula alta de 1,29% no ano e 2,48% em 12 meses, o menor patamar desde fevereiro de 2024, quando estava em 1,76%. Um ano antes, no mesmo mês, o índice era de 8,41%.

Os produtos que mais caíram em novembro foram tubérculos, raízes e legumes (-2,77%), leites e derivados (-2,27%), cereais e leguminosas (-2,22%), bebidas e infusões (-0,45%) e aves e ovos (-0,39%). Entre os itens individuais, destacam-se as quedas de tomate (-10,38%), leite longa vida (-4,98%), arroz (-2,86%) e café moído (-1,36%).

Enquanto isso, a alimentação fora do domicílio subiu 0,46% no mês e soma 7,60% em 12 meses. A combinação dos dois segmentos resultou em leve queda de 0,01% no grupo alimentos e bebidas, que caiu em cinco dos últimos seis meses e acumula alta de 3,88% no período de um ano.

Ao longo de 2025, a alimentação foi um dos principais vetores da inflação, impulsionada por problemas climáticos e quebras de safra. Em abril, o IPCA de 12 meses chegou a 7,81%.

O indicador mede o custo de vida de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, com base no acompanhamento de 377 produtos e serviços. Segundo o IBGE, o grupo alimentos e bebidas representa 21,5% da cesta de consumo pesquisada.